Quando o assunto é operações industriais, a escolha do revestimento de piso é um dos primeiros passos cruciais para assegurar eficiência e durabilidade. Os pisos industriais não são apenas parte do ambiente de trabalho; são a base que sustenta todos os outros processos.
Neste artigo, vamos explorar a vital importância da preparação de superfície em revestimentos industriais e seu impacto direto na eficiência operacional.
Por que a Preparação de Superfície é Vital?
Porque remove materiais e substâncias que prejudiquem ou impeçam a aderência do
revestimento ao concreto e ou substrato, ou seja, as contaminações. Além disso, é importante para abrir os poros do substrato e aumentar a área de ancoragem do revestimento no substrato.
Imaginem uma fábrica movimentada, onde empilhadeiras transportam cargas pesadas. Se o piso não for resistente o suficiente para suportar essa carga, podem ocorrer desplacamentos e rompimento do revestimento em sua ligação com o substrato, resultando em tempo de inatividade e custos de manutenção adicionais. A preparação adequada da superfície é a resposta para evitar esses problemas.
Os Tipos de Preparação:
O tipo de preparo da superfície de concreto deve ser determinado pela espessura do revestimento. Quanto mais espesso o revestimento, maior a rugosidade necessária na preparação.
O padrão de rugosidade é classificado pelo Concrete Surface Profile (CSP), de acordo com o International Concrete Repair Institute – ICRI.
Os graus de rugosidade variam em uma escala de 1 a 10, onde valores menores indicam superfícies lisas e valores maiores, superfícies mais rugosas.
Preparação Química de Superfície — CSP 1 — Ataque químico para corroer a superfície e abrir porosidade. Por exemplo detergentes, desengraxantes ou ácidos.
Polimento diamantado e Lixamento com enceradeira — CSP 1 ao 3 — Remoção da camada superficial comDiamantes que riscam o piso removendo uma camada de nata de pequena profundidade.
Fresamento — CSP 4 ao 9 — Máquina com fresas em movimento contínuo que remove camadas do substrato: apicoar, escarificar, sulcar a superfície. Além de ser uma ótima ferramenta para remover tintas velhas. Recomenda-se realizar com corte cruzado. Que pode ser o fresamento leve para remoção superficial e ou fresamento médio e pesado.
Jateamento — CSP 3 ao 7 — Desgaste do substrato com abrasivos sob forma granulada, podendo ser metálicos (granalhas de aço) ou não metálicos (minerais, sintéticos ou orgânicos).
Lixadeira Desbastadora (Manuais) — CSP 3 ao 10 — Tratamento mais profundo para áreas de difícil acesso, remover faixas, lixar cerâmicas e preparar detalhes.
Benefícios da Preparação Adequada:
1. Adesão Eficiente: Garante que a resina adira corretamente, evitando problemas de descascamento.
2. Durabilidade Prolongada: Reduz a necessidade de manutenção, economizando tempo e recursos.
3. Estética Atraente: Proporciona um acabamento uniforme e visualmente agradável.
Evitando Problemas Comuns:
1. Contaminação: A presença de contaminantes, como óleos e substâncias químicas, compromete a adesão da resina ao substrato. Uma preparação meticulosa elimina resíduos e cria uma superfície limpa, promovendo uma adesão sólida e duradoura.
2. Inadequação do Substrato: A escolha do revestimento sem considerar o substrato existente pode resultar em incompatibilidade. A preparação adequada avalia a condição do substrato, permitindo ajustes necessários para garantir uma base sólida e compatível.
3. Falta de Planejamento: Ignorar a preparação de superfície é como construir uma casa sem alicerces sólidos. A ausência de preparação adequada pode levar a revestimentos ineficazes, com problemas de aderência e durabilidade. Um planejamento estratégico incorpora a preparação como parte fundamental do processo, evitando surpresas desagradáveis no futuro. Lembre-se de uma regra básica quanto mais espesso for o revestimento, mais profunda deve ser a preparação.
Essas abordagens preventivas não apenas solucionam problemas comuns, mas também estabelecem a base para revestimentos industriais eficazes e de longa duração.
Fontes:
• ANAPRE – Associação Nacional de Pisos e Revestimentos
• Revista Engenharia de Superfícies